O conceito do uso de aparelhos auditivos mudou muito nestes últimos anos, assim como o tamanho e as características dos aparelhos. Estávamos acostumados com aparelhos auditivos grandes, com aparência feia e qualidade sonora ruim. Assim como os computadores e nossos celulares evoluíram, os aparelhos auditivos também passaram por esta evolução tecnológica.
Estas novas tecnologias associadas a designs mais modernos, tornaram os aparelhos auditivos mais discretos e com qualidade sonora mais próxima da audição normal. Pensando no reflexo que a perda auditiva causa ao indivíduo, se torna mais “discreto” o uso de aparelhos auditivos, do que ter que pedir a outra pessoa para repetir o que perguntou, ignorá-la sem querer ou até mesmo responder de forma errada.
Viver e conviver com uma perda auditiva não tratada significa estar alheio ao meio, com dificuldades no ambiente social, perda de informações importantes no trabalho, e dificuldades para aproveitar os programas de lazer. Todos os cinco sentidos são extremamente importantes para nossa qualidade de vida e viver sem conseguir ouvir, é viver num mundo solitário e isolado, fazendo com que muitas vezes algumas atividades tornem-se impraticáveis. Desta forma, muitos preferem ficar em casa, evitando situações que exigem atenção e o convívio social.
As pessoas com perda auditiva têm um desgaste muito grande, pois, para lidar com a perda, a pessoa precisa se concentrar muito mais, sentindo-se exausta ao final do dia. O uso de aparelhos auditivos estimula a via auditiva, ajudando a evitar a deterioração da capacidade do nosso cérebro para ouvir, identificar e interpretar os sons.
O importante da reabilitação auditiva é a estimulação da área do córtex cerebral responsável pela audição, pois o cérebro de uma pessoa que tem perda auditiva se acostuma a não ouvir os sons do nosso cotidiano e quanto mais tempo ficar sem estimulação, mais difícil ficará para o cérebro compreender novamente.
Independente da origem da perda auditiva, quanto antes for iniciada a reabilitação, melhores serão as chances de sucesso com o uso dos aparelhos auditivos. Nem sempre as perdas auditivas são diagnosticadas precocemente, principalmente porque a perda de audição da maioria das pessoas se desenvolve gradualmente, com o passar dos anos, fazendo com que as pessoas “se acostumem” a não ouvir. Elas só irão se dar conta da perda auditiva quando começarem a se isolar do meio social.
O importante é a avaliação e a investigação desta perda auditiva
Um simples exame de audição – audiometria pode determinar se existe a perda auditiva. O primeiro passo é consultar um profissional da área de saúde, especializado em audição (Médico Otorrinolaringologista ou Fonoaudiólogo) para realizar o exame e investigar o diagnóstico. Dependendo do resultado e da natureza da perda auditiva, o paciente será encaminhado para um exame mais detalhado, ou será orientado sobre o uso de aparelhos auditivos, adequados para aquela necessidade em específico.
Fique atento aos principais sintomas da perda auditiva:
Estes são alguns dos sinais mais comuns de perda auditiva e precisam ser investigados. Na dúvida, consulte um profissional especializado! Cuide de sua saúde! Preserve sua audição! Ouvir bem é qualidade de vida!!!
FGA. Luciana Bramati – CRFA 5781
Mestre em Distúrbios da Comunicação; Especialista em Audiologia ; Especialista em Fonoaudiologia do Trabalho; Diretora da Clínica Comunicação e Comunica Centro Auditivo; Doutoranda em Distúrbios da Comunicação